sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Nova temporada de "The Walking Dead" estreia no próximo dia 11/10

Os fãs de "The Walking Dead" vão acompanhar, pela primeira vez, a volta da sua série favorita na mesma noite da estreia dos Estados Unidos. No domingo, dia 11 de outubro, às 23h, a sexta temporada chega à FOX com exibição do primeiro episódio sem intervalos comerciais. E atendendo aos pedidos dos fãs, a FOX preparou uma programação totalmente especial e dedicada aos fanáticos da série: do dia 9 ao dia 11, o canal exibirá, na sequência, as cinco temporadas seguidas de "The Walking Dead", para no dia 11, logo após o último episódio da quinta temporada, às 23h, todos acompanharem a grande première.
Baseada na história em quadrinhos escrita por Robert Kirkman, "The Walking Dead", conta a como se passaram os meses e anos seguintes a um apocalipse zumbi e gira em torno do grupo de sobreviventes, liderado pelo policial Rick Grimes (Andrew Lincoln), que viaja em busca de um lugar seguro para viver. Neste cenário apocalíptico, os conflitos pessoais dos sobreviventes representam um perigo ainda maior quando alguns estão dispostos a fazer o que for preciso para sobreviver. No final tenso da última temporada, Daryl (Norman Reedus) e Aaron (Ross Marquand), vítimas de uma emboscada que quase acaba com suas vidas, são resgatados no último minuto por Morgan(Lennie James), que aparece de repente e no momento exato. Enquanto isso, Rick e o grupo enfrentam um destino incerto em Alexandria: Quem são os "Lobos"? Rick se tornará líder de Alexandria? Qual é a história por trás da volta de Morgan? As redes sociais tem sido grandes impulsionadores deste fenômeno mundial. Na América Latina os fanáticos seguem as últimas novidades da série nos canais oficiais da FOX que já superam os 18 milhões de fãs no Facebook e 900 mil de seguidores no Twitter. Como parte para relembrar e esperar a estreia mundial da sexta temporada, o FOX Play (www.foxplay.com) oferece uma oportunidade única de assistir as cinco temporadas completas de “The Walking Dead" sem custo adicional, a qualquer momento e de onde estiver, tanto pelo computador quanto por smartphones, tablets e SmarTVs. Fonte: Canal FOX.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O homem irracional não chega a ser chato, mas é fraco

O novo filme de Woody Allen, “O Homem Irracional”, que está em exibição nos cinemas tem uma trama bastante simplória. Joaquin Phoenix (Abe Luca) dá vida ao personagem-título. Esse é o segundo filme do diretor, em sequência, estrelado por Emma Stone (Jill) que pelo visto é sua nova musa. O filme conta com uma ótima trilha sonora, como sempre repleta de jazz, uma das marcas registradas do diretor. O filme é recheado de clichês do universo “Woody Allen”, mas é Emma Stone que rouba a cena.
No filme, Abe Lucas é um homem chavão ambulante do pessimismo que seduz professoras e alunas. Uma de suas alunas, Jill, se aproxima dele devido ao fascínio que sente pela sua inteligência. Um pouco antes de Jill aparecer na vida do professor, ele é alvo da carente Rita (Parker Posey), uma professora casada que tenta - e consegue – ter um caso com ele. Mas a vida de Abe apenas começa a melhorar quando, numa ida à lanchonete com Jill, ouve a conversa de uma desconhecida sobre a perda da guarda do filho devido a uma decisão do juiz Spangler (Tom Kemp). Isso lhe dá um sentido a vida e ele começa a idealizar o assassinato de Spangler e, por ser um completo desconhecido, jamais seria descoberto. Neste ponto o filme se transforma e Abe começa a se enrolar.
Joaquin Phoenix, para a composição do personagem, engordou alguns quilos e Allen faz questão de mostrar - por diversas vezes - a enorme pança do ator, mas esse apelo visual se explica para composição do personagem, que passa a sensação de desleixo consigo por causa da perda do sentido da vida. Não é o melhor filme do diretor não chega a ser chato, mas é fraco. Faltou um pouco de densidade no roteiro, principalmente para o personagem principal, mas vale a pena conferir.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Documentário sobre a ditadura é essencial para entender o Brasil hoje

Para os jovens que andam por aí, pelas ruas da cidade em manifestações, pelas cidades brasileiras pedindo a volta do regime militar, proponho como lição de casa assistir ao documentário “O dia que durou 21 anos”, do documentarista Camilo Tavares. O filme faz um panorama desde a renúncia de Jânio Quadros até o fim do regime com o presidente João Batista de Figueiredo. Uma verdadeira aula que nos mostra que interesses econômicos estavam em jogo e que os EUA não tolerariam mais uma bagunça no seu quintal, já bastava Cuba. No último sábado, dia 19/09, no Memorial da Luta pela Justiça, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 1279, São Paulo – SP, o filme foi exibido para uma plateia de advogados, estudantes e pessoas interessadas em entender um pouco melhor a história brasileira. Estiveram presentes na mesa de debates o diretor do documentário, Camilo Tavares, e o advogado Belisário dos Santos Junior, que, após a projeção, coordenaram as discussões sobre o documentário.
O filme inicia em plena Guerra Fria quando os Estados Unidos começaram a arquitetar o golpe para derrubar o governo de João Goulart (Jango). As primeiras ações iniciam em 1962, pelo então presidente John F. Kennedy; após o assassinato do mandatário americano, em 1963, Lyndon Johnson assume o governo e mantém a estratégia de remover João Goulart do governo brasileiro. O temor americano era que o país - o maior das Américas - pudesse se tornar uma nova Cuba e influenciar outros países da região. Na verdade, o que o governo americano fez foi garantir que seus interesses econômicos, em território tupiniquim, não fossem ameaçados. Para o advogado Belisário dos Santos, o filme é um importante resgate da memória histórica do Brasil. “Vivemos 21 anos em que a liberdade foi reprimida e qualquer manifestação contrária ao regime era ruim e isso está voltando”, alertou o advogado que é vice-presidente da Comissão da Verdade da OAB SP. “O dia que durou 21 anos”, mais que um documentário, propõe uma recuperação do resgate histórico por meio de uma nova narrativa sobre esse período. O filme foi realizado com uma extensa pesquisa histórica feita nos Estados Unidos, onde o diretor e sua equipe tiveram acesso a documentos do governo norte-americano.
Camilo Tavares contou que a curiosidade e a necessidade de conhecer a sua própria história o levaram a produzir o filme. Camilo é filho de Flávio Tavares, que foi um dos 15 presos políticos libertados em troca do embaixador norte-americano sequestrado, Charles Elbrick. “Eu nunca soube o que realmente aconteceu com os meus pais, os meus tios, nunca tive acesso a essas informações”. A ignorância histórica deve ser combatida e esse documentário propõe a jogar uma luz nesse período tão sinistro da nossa história. Pelo que o filme retrata, o golpe militar, ou uma futura volta de um regime militar, não têm, ou não teriam, nada de social, ou seja, as pessoas não seriam atendidas primeiramente, mas apenas os interesses do capital estrangeiro, da grande potência econômica e militar mundial estariam em discussão. Então, procuremos outra saída para a nossa crise social, moral e ética.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Segunda temporada de Empire estreia amanhã, na mesma noite que os Estados Unidos

Com três indicações ao prêmio Emmy, a nova temporada do fenômeno global contará com a participação de Marisa Tomei, Lenny Kravitz, Adam Rodriguez, Chris Rock, Alicia Keys, Kelly Rowland, entre outros. Estréia amanhã, dia 23 de setembro, às 23h15, no canal FOX Life, a 2ª temporada de "Empire"! Com mais excessos, mais brigas, música, luxo e a participação de novas estrelas, dentre elas: Chris Rock, Marisa Tomei, Lenny Kravitz, Adam Rodriguez, Alicia Keys, Kelly Rowland, entre outros. Vinte e três milhões de pessoas acompanharam nos Estados Unidos o final da 1ª temporada, desta série aclamada pelos críticos e público, com três indicações ao prêmio Emmy, destacando-se como "Melhor atriz", a protagonista Taraji P. Henson. Fiel ao seu estilo grandiloquente, a 2ª temporada de "Empire", contará com dezoito episódios de uma hora cada, que serão exibidos em duas partes: dez episódios neste ano e os oito restantes no próximo ano.
A nova temporada conta com o famoso comediante Chris Rock ("Saturday Night Live"), que se junta a "Empire" para encarnar um homem do passado de Lucious. Além dele, estará no elenco, a atriz e vencedora do Oscar, Marisa Tomei, interpretando Mimi Whiteman, uma investidora bilionária que ama o hip-hop, moda e mulheres bonitas. A série contará também com a estrela de "Magic Mike XXL", Adam Rodriguez, que interpretará o Laz Delgado, um carismático promotor de recitais; "Slim Laz sabe claramente o quão especial é Cookie e se certificará de tratá-la desta maneira", afirma o ator sobre seu personagem. Além disso, a ex "Destinys Child", Kelly Rowland, também estará no elenco, como a mãe de Lucious Lyon, de quem herdou seu ouvido musical. Também estarão presentes, Alicia Keys e Lenny Kravitz com suas vozes espetaculares, fazendo com que a série brilhe ainda mais, e para completar o time estrelado, nesta temporada o músico e o compositor Ne-Yo trabalha ao lado de Timbaland na trilha sonora.
"Empire" foi criada pelo diretor indicado ao Oscar Lee Daniels ("O Mordomo da Casa Branca", "Preciosa") e o roteirista vencedor do Emmy, Danny Strong ("Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1") e tem como protagonista Terrence Howard ("Ritmo de um Sonho") e Taraji P.Henson ("O Curioso Caso de Benjamin Button"). Além deles, estão no elenco, Bryshere Gray como Hakeem Lyon, Jussie Smollett, ("O Anjo da Guarda") como Jamal Lyon, (Trai Byers, "Selma") como Andre Lyon, e Gabourey Sidibe ("Preciosa") como Becky, a assistente de Lucious. A 2ª temporada de "Empire" estreia no FOX Life amanhã, dia 23 de setembro, às 23h15. Fonte: Canal Fox

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O livro “O dono da História” questiona o protagonismo da vida

Na última quinta-feira (17/09) em São Paulo a noite era quente, estranha para um final de inverno, mas o calor da noite não ficava apenas no clima da cidade e se refletiu também dentro da Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, onde a executiva e agora escritora, Carla Weisz recebia amigos e convidados para o lançamento de seu primeiro livro intitulado “O Dono da História”. Com sorriso largo no rosto e muito emocionada, Carla Weisz distribui beijos e autógrafos. O livro sai pela Editora Évora (R$39,90) e conta com prefácio do professor livre-docente da ECA/USP Clóvis de Barros Filho com ilustrações de Álvaro Reitman. O livro conta a história de um garçom que teve a oportunidade de observar e vivenciar exemplos de como alguns líderes exercem na prática o seu jeito de ver a vida, suas experiências, suas escolhas e aprendeu com isso a ser protagonista da sua vida, tomar as rédeas de seu destino e se tornar um líder. Carla Weisz conta, na entrevista a seguir, como a carreira de executiva a ajudou a escrever o livro e ainda diz que atualmente em nossa sociedade, muitas pessoas vivem como coadjuvantes em suas próprias vidas.
Você tem uma extensa carreira como executiva, isso ajudou a escrever o livro? Ajudou sim, porque quando executiva vivi muitas experiências intensas em função das áreas e projetos que liderei. Isto me colocou muito perto da alta liderança e, ao mesmo tempo, me estimulou a estudar e aprender. Outra escolha que fiz na minha carreira foi ter experiências em segmentos de mercado diversos; trabalhei em empresas nacionais e multinacionais, de pequenas a grandes empresas, isto ampliou minha visão e certamente contribuiu na criação das histórias descritas no livro. Como se sente sendo a precursora do formato Storytelling (método que utiliza palavras ou recursos audiovisuais para transmitir uma história) no Brasil? Estou sendo precursora de escrever em formato ficcional sobre liderança, cultura organizacional e protagonismo aqui no Brasil. E mesmo em outros países, ainda temos poucos livros de negócios escritos em formato de história. Eu me sinto feliz em ter conseguido escrever o livro desta forma, pois o mundo está muito complexo, são muitas informações e a história ajuda as pessoas a entenderem mais sobre a vida. Como disse Robert McKee (especialista em storytelling), a dádiva da história é que podemos viver vidas além da nossa. Como surgiu a ideia/inspiração para o livro? Eu sempre quis escrever um livro com estes temas, para mim ele é uma das formas de realizar meu propósito e espalhar possibilidades, mas a ideia ficou guardada. Até que certa noite, eu estava na Livraria Cultura, lugar onde adoro ficar, tomar café, encontrar amigos, me inspirar, e tive a certeza que a hora tinha chegado. Era uma noite de agosto de 2013, ainda inverno, eu vinha de um processo de trabalho muito, muito intenso que tinha provocado em mim várias reflexões. Na volta para casa, a primeira música que tocou quando liguei o carro foi Coisas da Vida, da Rita Lee. A música bombou dentro de mim e fez todo sentido, ouvi uma vez atrás da outra e isto durou o caminho inteiro. Depois resolvi que esta música faria parte do livro como outras da Rita Lee, suas canções passaram a inspirar o personagem. Neste instante me enchi de coragem, tinha chegado a hora!
Quanto tempo levou para escrevê-lo? Na prática, foram 14 meses entre o projeto e o desenvolvimento da obra; mas, de fato, passei parte dos últimos anos nutrindo este livro dentro de mim, me preparando e estudando os temas que abordo. Mais que um livro, é uma forma de espalhar possibilidades e ajudar as pessoas a se inspirarem. O livro trata da história de um homem que se torna protagonista da própria vida. Em sua opinião, tem muita gente sendo coadjuvante da própria vida? Sim, observo nas atitudes e nas falas das pessoas. É uma questão sociocultural de nosso país e até dos países da América Latina; tem relação com nossa cultura social. Vejo isto claramente, pessoas culpando tudo que está fora do seu controle pelos seus insucessos. Um exemplo é alguém dizer que não foi promovido porque o chefe não gosta dele. Esta é a fala de um coadjuvante. O protagonista pensa: o que eu não fiz e que se passar a fazer aumentará minha chance de ser promovido? O protagonista chama a responsabilidade para si e coloca a energia no aprendizado e transforma reclamação em AÇÃO.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Filme Minory Report de Steven Spielberg vira série de TV

Na próxima quinta-feira, dia 24 de setembro, logo após o CineFOX Action, o canal FOX estreia a nova série "MINORY REPORT - A Série". Composta por 13 episódios de uma hora, a produção é baseada no filme homônimo de sucesso do produtor executivo da série STEVEN SPIELBERG, e essa é a primeira vez que um de seus filmes é adaptado para a televisão. Além disso, o venezuelano Wilmer Valderrama é um dos protagonistas. "MINORITY REPORT - A Série" apresenta a estranha aliança entre um homem assombrado por seu futuro, e uma policial perseguida por seu passado. Juntos, eles tentam impedir os piores crimes do ano de 2065 antes mesmo que eles aconteçam. A história acontece em Washington D.C, dez anos depois do fim do PreCrimen, uma divisão policial que identificava e eliminava delinquentes antes de que eles cometessem os crimes. Para fazer acontecer este tipo de justiça, o governo utilizava de três "premonitores" capazes de prever o futuro: Dash, Arthur e Agatha.
Porém, no ano de 2065, a solução destes delitos é feita de maneira diferente, e a justiça se baseia cada vez mais em tecnologias sofisticadas e confiáveis e menos nos instintos premonitórios. Dash, estimulado por visões espantosas, porém pouco nítidas, voltou para ajudar, em segredo, a inteligente detetive Lara Vega a impedir os assassinatos que ele previu. Por outro lado, o tenente Will Blake tenta decifrar como Vera consegue resolver casos aparentemente impossíveis. Dash e Vega correm pelo cenário futurista em busca do irmão gêmeo de Dash, Arthur, que está desaparecido. Para complicar as coisas, Agatha, a irmã adotiva de Dash e Arthur, uma mulher inteligente e mal-humorada que a única coisa que quer é que Dash volte para casa. Um drama sobre crimes e conspirações em uma história atemporal de conexão: duas almas perdidas, Dash e Vega, que encontram um no outro a amizade, uma razão para viver e a redenção. Fonte: Canal Fox.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Nova adaptação do livro de Saint-Exupéry agrada jovens e adultos

O filme “O pequeno príncipe”, adaptação do clássico livro de Antoine de Saint-Exupéry, que já vendeu mais de 80 milhões de exemplares no mundo todo e já foi traduzido para 180 línguas, é apontado como um favorito de candidatas de concursos de miss. Diverte e emociona crianças e adultos e realça valores humanos ultimamente tão esquecidos.
Essa nova versão da obra clássica francesa possui mais de um filme dentro do filme. A história começa com uma menina que acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva, que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada – essa história nada tem a ver com o livro original –; logo em seguida, um acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um enorme buraco em sua casa. A garota, curiosa em saber como o objeto parou ali, decide investigar. Logo conhece e se torna amiga de seu novo vizinho, um senhor que lhe conta a história de um pequeno príncipe que vive em um asteróide com sua rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra. A partir deste momento, começa outra história que insere o telespectador dentro da obra do Antoine de Saint-Exupéry. Realizada em stop motion e utilizando as ilustrações da obra original. Uma das surpresas do longa é a dublagem original muito bem escolhida, principalmente a voz original do Pequeno Príncipe que é um doce, uma delícia de se ouvir.
O filme é dirigido por Mark Osborne, o mesmo da animação Kung Fu Panda (2008). Várias adaptações já foram realizadas, sendo a mais conhecida delas O Pequeno Príncipe de 1974. A produção teve orçamento de US$ 60 milhões, e o filme foi exibido fora de competição no Festival de Cannes 2015. A obra do escritor, ilustrador e piloto de avião foi lançada em 1943. O autor viria a falecer no ano seguinte ao lançamento do livro, em um acidente aéreo durante uma missão de reconhecimento no dia 31 de julho de 1944.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Vem aí mais um Pauliceia Literária

A Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) promove nos próximos dias 24, 25 e 26/09 o Pauliceia Literária. Festival Internacional de Literatura de São Paulo, que tem por objetivo promover o debate sobre a literatura e os temas que se relacionam com ela, bem como fomentá-la por meio de mesas literárias e grupos de leitura. O curador do evento é o jornalistas Manuel da Costa Pinto, e a coordenação técnica é da também jornalista Renata Megale. Manuel Costa Pinto é jornalista e mestre em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo. Foi repórter, comentarista e apresentador do programa Metrópolis, da TV Cultura, é colunista da revista São Paulo. Renata Megale é jornalista graduada pela Pontifícia Universidade Católica. Trabalha com comunicação no mercado editorial desde 2000, com passagem por dez anos na editora Companhia das Letras.
O evento é um espaço importante para debates e troca de ideias. A proposta é que nos três dias do evento o centro da cidade de São Paulo e os arredores sejam transformados em ponto de encontro do público com autores e profissionais das áreas de literatura e artes, representando o Brasil e países da Europa e das Américas. Serão dez mesas de debate, além de ciclo de cinema, e nos dias 24 e 25/09 contará também com evento gastronômico. Os autores já confirmados para o Pauliceia são: Adriano Schwartz, Bernardo Carvalho, Carlos de Brito Mello, Carlos Heitor Cony, Cíntia Moscovich, Evandro Affonso Ferreira, Heloisa Seixas, Jeffery Deaver, José Eduardo Agualusa, Juliano Garcia Pessanha, Leandro Sarmatz, Leonardo Padura, Lina Meruane, Lira Neto, Mário Magalhães, Martín Kohan, Mia Couto,Paloma Vidal, Ruy Castro eTamara Kamenszain.
O evento será realizado na sede da AASP, na Rua Álvares Penteado, 151 - Centro. O prédio fica situado no centro histórico de São Paulo, uma região de fácil acesso, servida por uma ampla infraestrutura de transporte público, que conta com três estações de metrô próximas (Sé, São Bento e Anhangabaú) e inúmeras linhas de ônibus. Para mais informações entre no site: http://www.pauliceialiteraria.com.br/menu e se inscreva.

Regina Casé provoca e emociona em “Que horas ela volta?”

"Que horas ela volta?", o filme brasileiro mais comentado na atualidade e, segundo alguns críticos brasileiros e internacionais, forte candidato a estar entre os cinco concorrentes ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016. Mostra a nossa realidade e que poucos brasileiros querem comentar. Em pleno século XXI, o Brasil ainda possui resquícios dos tempos da escravidão. Infelizmente, o país que estampa em sua bandeira “Ordem e Progresso” mantém ainda entre seus cidadãos abastados o habito de vida que existia nos tempos da escravidão, ou seja, Casa-grande e a Senzala. A diretora e roteirista Anna Muylaert traz essa relação à tela de uma forma leve nessa comédia com tom provocativo. Assisti ao filme e me identifiquei demais com a personagem “Val” interpretada pela Regina Casé, que atua de forma digna a empregada doméstica. Isso ocorreu porque tenho uma amiga que tem a mesma idade de Casé, e que tem a história de vida parecida com a de Val. Pernambucana, deixou a filha com a mãe para tentar a vida em São Paulo e ainda trabalha em casas de família. É neste ponto que tiro o chapéu para Regina Casé; não se vê em nenhum momento a apresentadora do Esquenta, ela dá vida à personagem como se sempre tivesse exercido o oficio de doméstica. E nunca tivesse feito outra coisa na vida. "Em meus programas de televisão, viajei pelo sertão, onde a “Val” nasceu. Conheci as periferias onde ela morou. Nos bailes e forrós, eu vi a “Val” se divertindo. Nas casas da minha mãe e da minha avó, “Vals” nos ajudaram a criar nossos filhos", contou Regina Casé à revista Época.
A vida de Val seguia seu rumo tranquilo e normal até que sua filha Jéssica decide morar em São Paulo para prestar o vestibular. É neste momento que a vida de Val e do telespectador – que está confortavelmente acomodado no cinema – começa a sentir o desconforto. Como alguém que é considerado da família que criou o filho da patroa, como se fosse seu não tem direito a um simples banho de piscina? Isso é apenas uma das demonstrações que o filme retrata: a infeliz situação de submissão que colocamos o nosso semelhante, que deixa de ser um igual, pelo simples fato das classificações sociais. O filme possui várias cenas engraçadas, mas que logo em seguida nos fazem sentir pena da personagem principal.
Com a chegada de Jéssica, tudo muda. A garota chega para, de certa forma, afrontar e quebrar esses paradigmas. Sua mãe, empregada da família de tantos anos, que passava despercebida pela patroa em várias ocasiões, passa a ser o centro das atenções da casa. “Que Horas Ela Volta?” foi premiado no Festival de Berlim, em Sundance, e vem recebendo muitos elogios dos críticos de todo o mundo. Há tempos o Brasil precisava de um filme com uma trama mais elaborada, algo que fizesse o telespectador sair da sala de cinema refletindo sobre nós mesmos e Anna Muylaert nos deu esse presente.