Documentário brasileiro e comédia francesa são os destaques da semana no Belas Artes

Entre os dias 28 de abril e 04 de maio, o Caixa Belas Artes terá três estreias em sua programação: Geraldinos, em lançamento exclusivo, é um documentário brasileiro, dirigido por Pedro Asbeg e Renato Martins, sobre o fim da Geral do Maracanã, um espaço cujo acesso era vendido a preços populares e reunia a torcida mais fervorosa de todo o estádio, uma grande tradição que cedeu lugar aos camarotes construídos à época da grande reforma planejada ali para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014; a segunda estreia, O Dono do Jogo, se passa durante a Guerra Fria e tem história baseada num fato real, em que Tobey Maguire interpreta um genial enxadrista americano destinado a desafiar a União Soviética; e, finalmente, O Que Eu Fiz Para Merecer Isso?, comédia francesa com direção de Patrice Leconte, que já vinha sendo apresentada em pré-estreia aos sábados e esta semana entra em cartaz oficialmente.

Filme: Truman (DCP – 3ª semana)
Horário: 13h50; 16h10; 18h30 e 20h50; Sábado, sessão extra, às 22h20, na Sala 3 – Oscar Niemeyer (dia 04/05, quarta-feira, não haverá a sessão das 20h50)
> Sala 1 – Villa-Lobos

Filme: Nise – O Coração da Loucura (DCP – 2ª semana)
Horário: 13h50 e 18h40
>Sala 2 – Candido Portinari

Filme: Filho de Saul (DCP – 13ª semana)
Horário: 16h10
>Sala 2 – Candido Portinari

Filme: A Garota Dinamarquesa (DCP – 12ª semana)
Horário: 21h
>Sala 2 – Candido Portinari

Filme: Relatos Selvagens (DCP- 78ª semana)
Horário: somente sábado às 23h20
>Sala 2 – Candido Portinari

ESTREIA: O Dono do Jogo (DCP)
Horário: 13h50 e 20h10
>Sala 3 – Oscar Niemeyer

ESTREIA: O Que Eu Fiz Para Merecer Isso? (DCP)
Horário: 16h20 e 18h
>Sala 3 – Oscar Niemeyer

Filme: O Futebol (DCP – 2ª semana)
Horário: 16h30
>Sala 4 – SPCine Aleijadinho

Filme: De Onde Eu Te Vejo (DCP – 4ªsemana)
Horário: 20h (nos dias 03 e 04/05 não haverá a sessão)
>Sala 4 – SPCine Aleijadinho

TESTE DE AUDIÊNCIA: com o filme “Incógnita X – O Filme”
Horário: dia 03/05, terça-feira, às 20h30
>Sala 4 – SPCine Aleijadinho

Filme: Em nome da Lei (DCP – 2ª semana)
Horário: 14h
>Sala 4 – SPCine Aleijadinho

ESTREIA: Geraldinos (DCP)
Horário: 18h10
>Sala 4 – SPCine Aleijadinho

Filme: Amor Por Direito (DCP – 2ª semana)
Horário: 13h50
>Sala 5 – Carmen Miranda

Filme: A Garota de Fogo (DCP – 2ª semana)
Horário: 21h20
>Sala 5 – Carmen Miranda

Filme: A Juventude (DCP – 5ª semana)
Horário: 16h20
>Sala 5 – Carmen Miranda

Filme: O Abraço da Serpente (DCP – 10ª semana)
Horário: 18h50
>Sala 5 – Carmen Miranda

>Sala 6 – Mário de Andrade
Filme: Ave Cesar (DCP – 3ª semana)
Horário: 13h40; 15h50; 18h10
>Sala 6 – Mário de Andrade

Filme: O Regresso (DCP – 13ª semana)
Horário: 20h30
>Sala 6 – Mário de Andrade

Serviço:

CAIXA BELAS ARTES
Endereço: Rua da Consolação, 2423 – Consolação - Tel: 11 2894 5781
Site: www.caixabelasartes.com.br
Ingresso para evento “Teste de Audiência”: R$ 2,00 (preço único) / Filme: “Incógnita X – O Filme” / Data: 03 de maio (terça-feira) / Horário: 20h30 / Duração: 81 min. / Classificação indicativa: 16 anos

Ingressos para a programação normal: Às segundas-feiras: R$ 18,00 (inteira) e R$ 9,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade e trabalhadores, mediante comprovante); Às terças e quartas-feiras (exceto feriados): R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade); De quinta-feira a domingo: R$26,00 (inteira) e R$13,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade); Sessão Extra aos sábados: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade). O cinema tem poltronas numeradas. Em todas as salas, cadeiras adequadas para obesos e espaço para cadeirantes.

Venda dos ingressos: na bilheteria (cartões de débito: todos; não aceita cartão de crédito ou cheque) ou pelo site www.ingresso.com.br

Novo Filme de Ricardo Darin e Noitão são os destaques da semana no Caixa Belas Artes

O carro-chefe da semana de 14 a 20 de abril no Caixa Belas Artes é, sem dúvida, o lançamento de Truman, o aguardado filme espanhol dirigido por Cesc Gay e protagonizado pelo astro argentino Ricardo Darín em mais uma sensacional atuação.
Merecidamente, Darín ganhou o Prêmio de Melhor Ator no Festival de San Sebastián, uma premiação compartilhada com o ótimo Javier Cámara, seu parceiro de cena; e também o Prêmio Goya, o mais importante do cinema espanhol, concedido ao filme em outras quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Cámara) e Melhor Roteiro Original.
Outros destaques na programação do cinema serão a mostra Bill Plympton - O Rei da Animação Independente, de 14 a 20 de abril, e o Noitão, que acontecerá nesta sexta (15/04), a partir das 23h45, só com filmes dirigidos pelos irmãos Joel e Ethan Coen, apresentando Gosto de Sangue, Arizona Nunca Mais, O Grande Lebowski e Onde os Fracos Não Têm Vez (mais filme-surpresa), uma seleção especialíssima para comemorar a estreia do novo trabalho da dupla, Ave César!, que estará em cartaz na programação normal do Caixa Belas Artes a partir desta quinta.

NOITÃO “IRMÃOS COEN”

Em meio ao lançamento do aguardado “Ave, César!”, maratona cinematográfica do Caixa Belas Artes relembra grandes momentos da parceria entre os irmãos Joel e Ethan Coen, nesta sexta-feira (15/04), a partir das 23h45.
É a chance de ver ou rever na telona sucessos como “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007), que rendeu aos irmãos nada menos que 155 prêmios, entre eles quatro Oscars. Também integram o cardápio da madrugada cinematográfica “O Grande Lebowski” (1999), “Arizona Nunca Mais” (1986) e “Gosto de Sangue” (1984), primeiro longa da dupla.

GOSTO DE SANGUE
(Blood Simple)
EUA, 1984, cor, 99 min.
Direção: Joel e Ethan Coen
Elenco: John Getz, Frances McDormand, Dan Hedaya.

Perturbadora história de uma jovem esposa que tem um caso com um dos empregados do seu marido, o rico dono de um bar no Texas. Ao descobrir a traição, ele contrata um detetive de divórcio sulista inescrupuloso para matá-los. Mas o tiro sai pela culatra.


ARIZONA NUNCA MAIS
(Raising Arizona)
EUA, 1987, cor, 94 min.
Direção: Joel e Ethan Coen
Elenco: Nicolas Cage, Holly Hunter, John Goodman, Frances McDormand e Sam McMurray.

O ex-presidiário H.I. McDonnough já foi preso tantas vezes que acabou se casando com a policial Edwina. Quando descobrem que não podem ter filhos, decidem seqüestrar um dos quíntuplos de um casal de milionários. As coisas se complicam quando o pai da criança oferece uma recompensa milionária para quem der pistas sobre os seqüestradores e muita gente sai à procura do bebê.


O GRANDE LEBOWSKI
(The Big Lebowski)
EUA/Inglaterra, 1998, cor, 117min.
Direção: Joel e Ethan Coen
Elenco: Jeff Bridges, John Goodman, Steve Buscemi, Juliane Moore, Philip Seymour Hoffman e John Turturro.

Em Los Angeles, 1991, Jeff Lebowski, mais conhecido como “o Cara”, é um desocupado que gasta o seu tempo ouvindo Rock dos anos 60 e jogando boliche. Mas sua vida vai mudar. Confundido com um milionário da Califórnia, ele se vê envolvido com bandidos da pesada, advogados atrapalhados, detetives, seqüestradores e, como se não bastasse, com a polícia. Com sua vida ameaçada, Lebowski procura seu amigo Walter, um veterano do Vietnã que irá ajudá-lo com seus métodos pouco ortodoxos.


ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ
(No Country for Old Men)
EUA, 2007, cor, 122 min.
Elenco: Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson e Kelly Macdonald.

Texas, década de 80. Llewelyn Moss encontra o corpo de um traficante de drogas no deserto junto com uma valise cheia de dinheiro. Mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo Moss resolve leva-la com sigo mesmo assim. Logo Anton Chigurh, um assassino psicótico e sem piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell.


MOSTRA “BILL PLYMPTON - O REI DA ANIMAÇÃO INDEPENDENTE”

Duas vezes indicado ao Oscar e considerado pela crítica especializada e pelo mercado cinematográfico o rei da animação indie, o americano Bill Plympton tem pela primeira vez uma retrospectiva completa sua no Brasil, em que serão apresentados 45 filmes, sendo sete longas-metragens e 38 curtas, de 14 a 20 de abril.

Serviço:
CAIXA BELAS ARTES
Endereço: Rua da Consolação, 2423 – Consolação - Tel: 11 2894 5781
Site: www.caixabelasartes.com.br

Ingressos para o Noitão: Os ingressos promocionais para este Noitão custam R$ 34,00 e R$ 17,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade) e dão direito a três filmes, exibidos em sequência. Tem poltronas numeradas. Em todas as salas, cadeiras adequadas para obesos e espaço para cadeirantes.
Venda dos ingressos: na bilheteria (cartões de débito: todos; não aceita cartão de crédito ou cheque) ou pelo site www.ingresso.com.br.

Ingressos para a programação normal: Às segundas-feiras: R$ 18,00 (inteira) e R$ 9,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade e trabalhadores, mediante comprovante); Às terças e quartas-feiras (exceto feriados): R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade); De quinta-feira a domingo: R$26,00 (inteira) e R$13,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade); Sessão Extra aos sábados: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia, para estudantes, correntistas do banco Caixa Econômica Federal, melhor idade). O cinema tem poltronas numeradas. Em todas as salas, cadeiras adequadas para obesos e espaço para cadeirantes.
Venda dos ingressos: na bilheteria (cartões de débito: todos; não aceita cartão de crédito ou cheque) ou pelo site www.ingresso.com.br

“Zootopia: Essa Cidade é o Bicho” é mais que um filme fofinho.

A cidade em questão é um local onde vivem animais de todas as espécies, predadores e presas que dividem o mesmo espaço de forma harmoniosa, pacífica e feliz. O filme é muito colorido e começa no tom de mostrar aos telespectadores mirins que devemos superar limites e realizar os nossos sonhos não importe quem você seja, ou o seu tamanho.
O longa começa mudar de rumo quando predadores e presas que já aboliram o “comportamento animalesco ancestral” começam de uma forma misteriosa a voltar ao estado selvagem.
Os diretores Rich Moore e Byron Howard conseguiram elaborar de uma forma bem divertida as diferentes proporções, dos mais variados animais existentes, e tiveram a grande sacada de fazer analogias claras à pluralidade étnica, de orientação sexual e de gênero existentes nas grandes cidades humanas. A jogada da dupla de diretores foi inverter os caminhos; ao invés de mostrar um mundo caótico, eles optaram pela paz e pela beleza do convívio em harmonia da sociedade “animal”, e depois introduziram os conflitos e o caos à trama.

A história começa com a esperta coelhinha Judy Hopps que tem o sonho de crescer e virar policial. Após se formar com louvor na Academia de Polícia, ela é mandada para Zootopia. Quando Juddy chega à cidade grande, ela se depara com um mundo completamente diferente daquela horta onde cresceu com os pais e os irmãos. Na cena seguinte, a pequena coelhinha entra toda animada ao distrito policial e descobre que o sonho de caçar bandidos vai ter que esperar um pouco, ela é recrutada e se torna apenas uma guarda de trânsito.
No entanto, quando Juddy conhece a raposa Nick Wild, um malandro esperto que ganha a vida aplicando pequenos golpes, como fazer alguém, de bom coração, comprar para ele um sorvete grande e depois o malandro o transforma em um porção de pequenos. Por força do destino, os dois são obrigados a trabalharem juntos e começam a investigar o desaparecimento de mais de uma dezena de mamíferos.

A animação da Disney que, além de fofinha e engraçadinha – a cena das preguiças funcionárias públicas é sensacional – aborda também como o medo é constantemente imposto na sociedade para provocar submissão da população para prevalecer os interesses dos poderosos.
Por incrível que possa parecer, Zootopia revela-se magnificamente mais engajado politicamente do que poderiam imaginar os pais que levam seus pequenos ao cinema, isso considerando a tradição de fantasia que a toda poderosa dos filmes infantis sempre apresenta. Um ótimo filme para crianças e adultos e a dublagem “caiu como uma luva” para todos os personagens, em especial para a esperta raposa.

Batman Vs. Superman - A origem da confusão

Estreou há duas semanas o aguardado filme “Batman Vs. Superman – A Origem da Justiça”, porém, o subtítulo mais apropriado para o longa seria “A origem da chatice”. Com um roteiro repleto de falhas e uma direção desastrosa que apelou mais aos efeitos visuais do que para as interpretações dos autores. “Batman Vs. Superman”, do diretor Zack Snyder tornou-se no final das contas apenas um colcha de retalhos cheia de confusões.
Para começar, ainda estou sem entender qual foi o objetivo do diretor em mostrar novamente a morte dos pais do Bruce Wayne. Cena que já foi apresentada diversas vezes em outros filmes do homem-morcego. O longa-metragem possui quase três horas de duração, mas que deste tempo, no mínimo 1h40 são de pura enrolação e embromação.

Tudo no filme é exagerado: a trilha sonora, as cenas com efeitos especiais, as trama paralelas, o conflito entre os dois super-heróis e, para piorar, as cenas em que os dois super-heróis se tornam amigos é decepcionante.
Por incrível que pareça, a maior preocupação dos fãs, até a estreia do filme era saber se o ator Ben Affleck convenceria como Batman.Na minha visão, o ator não se saiu muito bem. Já a belíssima Gal Gadot, que interpreta a Mulher-Maravilha, tem os furos no roteiro como seus maiores inimigos.

Para finalizar, tem o Jesse Eisenberg (Rede Social) que apresenta um Lex Luthor descolado, mas que não transmite de forma convincente a personalidade que exige o personagem, e muito menos está aos pés de seus antecessores, como o saudoso Gene Hackman em uma subtrama sem sentido envolvendo a personagem de Holly Hunter. Eisenberg parece mais um Coringa do que propriamente Luthor e não convence.
Infelizmente, o longa não entrará para a história do cinema e nem no imaginário dos fãs como um grande filme de super-heróis como o que aconteceu com a maravilhosa e bem-sucedida trilogia apresentada por Nolan.