quinta-feira, 28 de maio de 2015

Mad Max: Estrada Furiosa “Sensacional”

Nada de “Vingadores” ou qualquer outro super herói da Marvel que venha a aparecer este ano. O filme de 2015 é “Mad Max: Estrada Furiosa.” Esperar por 30 anos valeu a pena, o filme não deve nada comparado aos outros três da saga estrelada por Mel Gibson nos anos 80. E, para alegria dos fãs, a saga apocalíptica ganha fôlego para uma nova cine série. O filme tem um ritmo frenético e alucinante. É ação do começo ao fim. OK! Para não cometer o meu exagero já conhecido, o filme tem um ou dois respiros, no máximo. São eletrizantes perseguições e lutas dentro e fora de carros bizarros, e um guitarrista maluco que arranca risadas da plateia. Tudo isso em pleno deserto. Devido às mudanças climáticas, as filmagens originalmente previstas para acontecerem na Austrália foram transferidas para a Namíbia, na África. Por opção, e para manter o clima de fim dos tempos, o diretor George Miller usou poucos recursos de efeitos especiais.
O diferencial do filme é trazer uma nostalgia para o telespectador. A trilha sonora e a fotografia são espetaculares, e o conjunto da obra me faz definir o filme em apenas uma palavra: sensacional! Eu gostei tanto, mas tanto, do filme que fiz propaganda no trabalho e ganhei um cartaz do filme de um amigo do departamento. O filme, após ser capturado por Immortan Joe, um guerreiro das estradas chamado Max, interpretado por Tom Hardy (A Origem), se vê no meio de uma guerra mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa, interpretada por Charlize Theron (Monster), na tentativa de salvar um grupo de garotas. Também tentando fugir, Max aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe e se vê dividido entre mais uma vez seguir sozinho seu caminho, ou ficar com o grupo.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A trilha da sofrência, um estudo pabliano.

A trilha do Rio Mogi, começou às 8h05 do dia 04/04, em Paranapiacaba, e terminamos à meia noite e meia do dia 05/04, em Cubatão. O que aconteceu neste período ficará registrado neste relato, não se assustem! Era madrugada de 04/04, às 03h30, e os trilheiros hospedados no apartamento de uma amiga, em Osasco, se arrumam e uma hora depois no estacionamento do prédio. Partimos para a estação Brás da CPTM. Às 05h40 todos nós embarcamos com destino a Rio Grande da Serra, com parada na padaria para um lanche rápido, mas não tão rápido. Entre pegar ônibus em Rio Grande da Serra até Paranapiacaba nos atrasou em uma hora do previsto, ou seja, às 08h da manhã adentramos a trilha. Estávamos felizes por começarmos mais uma trilha que vinha sendo preparada há mais de um mês. Atravessamos a mata, tiramos fotos na torre de transmissão, avistamos ao longe a famosa trilha Funicular e começamos a travessia pelo Rio. Todo o leito do rio Mogi é formado por rochas. O início era alegria e diversão. Fotos e paradas para alimentação fizeram parte do dia de caminhada. Mas o tempo passou mais rápido que nossas passadas dentro do leito. Existem muitos obstáculos, pedras enormes para saltar, trilhas estreitas nas margens e vários mergulhos. Entardecia e nós ainda estávamos muito longe da área de camping. A noite caiu e nos fez parar numa pedra na margem do Rio, enquanto o guia encontrava um local seguro para camping. Eram 21h do sábado, molhados e com fome, conseguimos chegar à pedra "descansal" às 01h da manhã. A essa hora, a minha sensação era que a cargueira pesava o dobro de mim. Quando nos instalamos na pedra “descansal” foi questão de um banho com sabonete líquido emprestado, um dorflex e dormir. Acordamos não sei que horas, era domingo de Páscoa, eu já havia perdido a noção do tempo, tomamos nosso café da manhã coletivo e partimos para o que seria outra jornada. Saímos já com os pés na água e mais pedras. Pior: minha cargueira, mesmo tirando uma parte da comida, ainda pesava muito além de algumas picadas de insetos no meu braço esquerdo que incharam e inflamaram muito, dificultando o meu apoio. Contei com a ajuda de um amigo que me deu antiinflamatório e antialérgico, tendo em vista que apenas a minha pomada parecia não resolver o problema. Descendo o rio, para variar mais pedras pelo caminho, muito mais pedras pelo caminho. Chegamos à pedra do pulo, local onde seria o acampamento às 14h do domingo. Imaginar que a meta era chegar naquela área no sábado... Brincamos; alguns amigos pularam a pedra. Eu fiquei na vontade... não sei nadar. E voltamos ao rio, mais algumas horas entre entradas e saídas do rio e às 16h, encontramos os contêineres, ponto de referência para a entrada trilha que nos levaria até a estação de trem de Cubatão. Enquanto o guia procurava a entrada, paramos para nos alimentar e depois seguir. Mas a noite caiu rápido novamente.
Pela segunda noite consecutiva estamos dentro do Rio Mogi e não encontramos a trilha que nos levaria para a Estação de Trem de Cubatão. Temerosos em passar a noite novamente nas margens do Rio, o guia e os mais experientes da turma se mobilizaram em encontrar alternativas de irmos para casa, depois de duas tentativas não bem sucedidas. Primeira tentativa, um dos amigos caminhou sozinho para encontrar outra rota de saída. Segunda tentativa, a ação foi contornar a outra bifurcação do rio e chegar até a empresa de contêineres. Sem êxito. O rio ficava mais fundo a partir do ponto que nós estávamos e a empresa de conteiners tinha a entrada era cercada de capim alto. Na terceira tentativa, sem forças para mais nada, voltamos até a entrada da trilha na qual nos perdemos. Os quatro cavaleiros voltaram deixando uma parte do grupo em segurança numa pequena ilhota. Voltamos munidos de bússola e andamos até aonde saímos da trilha na primeira tentativa. Por sorte o guia achou a entrada da trilha, por um milagre se recordou dos espinhos na árvore e do barranco. Entramos os quatro na escuridão da mata por volta das 21h. Andamos poucos metros, encontramos as demarcações, atravessamos um pequeno rio e uma plantação. No momento mais assustador, uma cabana de madeira com uma luz de TV que saia pela porta metade madeira, metade plástico. Andamos mais alguns minutos até que escutamos o barulho do trem e avistamos a estação de trem. Aquele som foi o mais agradável de todos que ouvi. Até aquele momento eu já estava imaginando que a humanidade não existia mais. Voltamos na escuridão da noite, buscamos o pessoal, andamos todos na escuridão, nós quatro, pela terceira vez. Andamos mais alguns quilômetros e chegamos até o local da van. Cansados, sorteamos o amigo chocolate e dormimos, exaustos dentro da Van. No Brás nos despedimos e ganhei uma santa carona até o Tiete. Eu parado no ponto da Avenida Cruzeiro do Sul entre os transeuntes da madrugada, por um momento os considerei estranhos, mas olhando meu estado, sujo, tênis amarrado na mochila, chinelo no pé, barba por fazer, cheguei à conclusão que o ser mais estranho naquele local era eu. Foi uma trilha de desafios, superação e muita sofrência.