quinta-feira, 19 de março de 2015

FILME: O Amor é Estranho

Ben (John Lithgow) e George (Alfred Molina) formam um casal há 39 anos. Quando finalmente decidem se casar, a cerimônia é aprovada por amigos e familiares, George, que trabalha em uma instituição religiosa, perde o seu emprego. Sem dinheiro, os dois são obrigados a viver separadamente na casa de amigos até conseguirem vender o apartamento e comprar outro, mais barato. A nova vida em lares provisórios torna-se bastante desgastante para o casal e para os amigos envolvidos. Este é o enredo do filme “O Amor é Estranho” em cartaz nos cinemas, com roteiro do brasileiro Maurício Zacharias (Trinta) e dirigido Ira Sachs (Deixe a Luz Acesa) que sutilmente constroem um panorama onde preconceitos afloram e, mais ainda, é possível constatar a difícil arte da convivência. O filme nos faz refletir sobre o envelhecimento e a homossexualidade, e nos deixa com possibilidades para algumas meditações sobre essa fase da vida e os desafios que se tem ao ser gay nessa idade. É necessário notar o quanto o preconceito e as retaliações associadas a união homoafetiva não deixam ninguém escapar. O elenco se mostra muito bem afinado, com atuações sob medida, onde Alfred Molina e John Lithgow, que interpretam o casal homossexual, a fazem com maestria e respeito.

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