terça-feira, 7 de julho de 2015

"Estou velho, mas não obsoleto."

Segunda-feira após o expediente me surgiu uma ideia: Vou ao cinema. Segunda é um dia fraco e deve ter menos pessoas no shopping. Quanta inocência a minha! A praça de alimentação e a fila da bilheteria estavam idênticas à de um sábado à tarde. Todos tiveram a mesma ideia que eu? Não é possível, penso eu. Bom, depois de 30 minutos na fila e ingresso na mão fui assistir ao novo filme da franquia Exterminador do Futuro. O titulo deste meu texto expressa bem o que é o filme Exterminador do Futuro: Genesis cujo astro principal é Arnold Schwarzenegger. Essa nova sequência inicia no dia do julgamento final, com cenas de explosões, máquinas dominando humanos e John Connor, líder da revolução, enviando Kyle Reese (Jay Courtney) ao passado para salvar a sua mãe, Sarah Connor.Logo em seguida são usados trechos do filme de 1984 dirigido por James Cameron. Em alguns momentos temos a impressão de estarmos assistindo a uma versão remasterizada, mas as viagens no tempo inseridas na trama logo deixam essa sensação para trás.
Schwarzenegger agora é coadjuvante astro de luxo, mesmo porque o sexagenário não tem mais a vitalidade física dos dois primeiros filmes – e melhores da série –, mas o que lhe falta nesse quesito sobra em carisma. A cara de Exterminador tentando sorrir é impagável. Emilia Clarke é a nova Sarah Connor. A personagem mantém alguns traços da personalidade dos filmes anteriores, mas agora está mais sensível e feminina. O roteiro é bem elaborado, as situações e as justificativas para novas realidades apresentadas são todas bem explicadas – algumas têm que se prestar bastante atenção para entendê-las – mas nada que estrague a história original ou tire o seu charme atual. Uma questão em particular me chamou a atenção: as pessoas em 2027 estarão ainda mais imersas em seus aparelhos celulares e eletrônicos aguardando o lançamento de um novo programa, me pareceu muito mais assustador que o vilão T- 1000. Por fim, parafraseando o Exterminador T- 800, a franquia pode estar velha, mas em nenhum momento se mostra obsoleta. Nada como algumas viagens no tempo para criar uma nova franquia. Os fãs, como eu, agradecem a nova empreitada. EUA, 2015. 126 min. Direção de Alan Taylor. Com Arnold Schwarzenegger, Emilia Clarke, Jai Courtney, Jason Clarke, J.K. Simmons, Matt Smith , Courtney B. Vance, Dayo OKeniyi, Byung-Hun Lee, Sandrine Holt.

Nenhum comentário:

Postar um comentário