segunda-feira, 6 de julho de 2015

Livro:“A Balada de Adan Henry”

A alegria da descoberta de um “novo” autor apenas se compara, tiradas as devidas proporções, à de se fazer um novo amigo. Na minha última aventura literária tive o prazer de conhecer um inglês chamado Ian McEwan, ficcionista nascido no ano de 1948, e a obra que me levou até ele chama-se: “A Balada de Adan Henry”. A obra conta a história da juíza Fiona Maye, do Tribunal Superior, especialista em Direito da Família. Uma mulher durona na vida profissional, porém esconde fracassos na vida particular. O arrependimento por não ter tido filhos e o casamento em ruínas são as peças-chaves para o desenrolar da história. Certo dia, Fiona se vê diante de um difícil caso a ser resolvido; um garoto, Testemunha de Jeová, prestes a completar dezoito anos de idade chamado, Adam Henry, que sofre de leucemia e depende de transfusão de sangue para sobreviver. Seus familiares são religiosos fervorosos e resistentes ao procedimento médico o que obriga o hospital a recorrer ao judiciário. A juíza decide conhecer o garoto e depara-se com uma pessoa culta e sensível e pondera para o lado racional na sua decisão. Após a realização do procedimento, Adam tenta se encaixar de modo inesperado na vida da juíza, o que lhe causa medo e estranheza. Em um ponto alto do livro o jovem diz à juíza: “Sua visita foi uma das melhores coisas que me aconteceram.” E então, rapidamente: “A religião de meus pais era um veneno e a senhora foi o antídoto.” Ian McEwan escreve deliciosamente e de forma empolgante e proporciona uma riqueza de detalhes e uma qualidade literária surpreendente. À medida que o leitor é envolvido pela história, parar de ler torna-se quase um pecado. O autor foi ganhador do prêmio do Los Angeles Times Book Prize 2002, categoria Ficção. Livro: Reparação (2002) e o prêmio James Tait Black 2005, categoria Ficção. Livro: Sábado (2005).

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