quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Livro Eu sou Malala é inspirador

A jovem menina Malala Yousafzai, nascida no vale Swat, no Paquistão, que em meio ao terror instaurado pelo Talibã recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação, além de encorajar outras que eram impedidas de estudar. Mas em 9 de outubro de 2012, numa terça-feira, ela quase pagou o preço dessa luta com a própria vida. A pequena adolescente foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus quando voltava da escola. O livro acompanha a infância de Malala no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as severidades da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e o terror imposto pelo Talibã. Foi uma grata surpresa ler as 360 páginas que compõem a biografia da curta, mais ativa, vida de Malala Yousafzai. Eu, particularmente, me afastei desse gênero literário, não por preconceito, mas por falta de tempo e por conta de outras leituras que apareceram durante um período, mas a dela sempre me chamou a atenção.
A obra escrita em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, é uma doçura, uma leitura gostosa e prazerosa. Traz as características de uma menina cheia de nobreza e talento, mas nos apresenta um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades difíceis para a nossa compreensão ocidental. Malala, por meio de sua luta, renova em nós a esperança de que devemos batalhar pelo direito à educação e que é necessário e possível enfrentar os obstáculos e insistir na valorização da mulher não apenas no Paquistão, mas também nas nações que ainda em pleno século XXI privilegiam os homens. E mostra ainda a força da família, que a duras penas enfrentaram a opressão imposta pelos membros fanáticos de uma religião e conseguiram seguir o seu ideal. A história de Malala restaura a fé na capacidade que uma pessoa pode ter de inspirar e modificar o mundo.

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