quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O homem irracional não chega a ser chato, mas é fraco

O novo filme de Woody Allen, “O Homem Irracional”, que está em exibição nos cinemas tem uma trama bastante simplória. Joaquin Phoenix (Abe Luca) dá vida ao personagem-título. Esse é o segundo filme do diretor, em sequência, estrelado por Emma Stone (Jill) que pelo visto é sua nova musa. O filme conta com uma ótima trilha sonora, como sempre repleta de jazz, uma das marcas registradas do diretor. O filme é recheado de clichês do universo “Woody Allen”, mas é Emma Stone que rouba a cena.
No filme, Abe Lucas é um homem chavão ambulante do pessimismo que seduz professoras e alunas. Uma de suas alunas, Jill, se aproxima dele devido ao fascínio que sente pela sua inteligência. Um pouco antes de Jill aparecer na vida do professor, ele é alvo da carente Rita (Parker Posey), uma professora casada que tenta - e consegue – ter um caso com ele. Mas a vida de Abe apenas começa a melhorar quando, numa ida à lanchonete com Jill, ouve a conversa de uma desconhecida sobre a perda da guarda do filho devido a uma decisão do juiz Spangler (Tom Kemp). Isso lhe dá um sentido a vida e ele começa a idealizar o assassinato de Spangler e, por ser um completo desconhecido, jamais seria descoberto. Neste ponto o filme se transforma e Abe começa a se enrolar.
Joaquin Phoenix, para a composição do personagem, engordou alguns quilos e Allen faz questão de mostrar - por diversas vezes - a enorme pança do ator, mas esse apelo visual se explica para composição do personagem, que passa a sensação de desleixo consigo por causa da perda do sentido da vida. Não é o melhor filme do diretor não chega a ser chato, mas é fraco. Faltou um pouco de densidade no roteiro, principalmente para o personagem principal, mas vale a pena conferir.

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