quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Novo filme de Guillermo Del Toro é uma história de amor com clima de terror

A Colina Escarlate (Crimson Peak), novo filme do cineasta mexicano Guillermo del Toro, famoso pelos filmes Hellboy e Labirinto de Fauno, desta vez brinda o público com um filme que parece terror, mas no fundo é uma bela história de amor. De posse de um orçamento de 70 milhões de dólares, quase um terço do que custou seu filme anterior, o chato Círculo de Fogo (Pacific Rim, 2013), Del Toro conseguir construiu com a sua grande capacidade artística de criar cenários sombrios e utilizou – o que eu particularmente gosto muito – recursos de efeitos sem computação gráfica. Para se ter uma ideia, a extraordinária mansão da família Sharpe foi inteiramente construída para as filmagens. Del Toro também assina o roteiro do filme que mostra sua influencia no romance gótico inglês, mas também não nega suas raízes pelo fato do filme ter um drama parecido com as novelas mexicanas. Felizmente, o romance que envolve a narrativa não é declarado, mas está em harmonia com as histórias de fantasma que tanto deslumbram o diretor. Como todo bom fantasma do cinema, eles só querem poder descansar em paz, mas até conseguirem isso terão de passar por tormentos e atormentar alguns vivos.
A história se passa em Cúmbria, numa mansão em ruínas situada em uma região basicamente rural e montanhosa do norte da Inglaterra, no século XIX. Thomas Sharpe (Tom Hiddleston) é um sujeito misterioso e sedutor que está sempre na companhia da irmã mais velha Lucille (Jessica Chastain). Os dois moram nos Estados Unidos, mas passam uma temporada na Europa em busca de investimentos para uma invenção de Thomas. Ele conhece “por acaso” a jovem autora Edith Cushing (Mia Wasikowska), apaixonam-se e se casam, mas ela descobre que este não é quem parece ser. Sua casa abriga fantasmas, entidades misteriosas, que Thomas e sua irmã, Lady Lucille, desesperadamente e ferozmente tentaram esconder.
Das atuações do longa, quem se sobressai é Jessica Chastain, muito convincente no papel. Tom Hiddleston (o eterno Loki) não mantém o mesmo nível e fica devendo um algo mais, e ainda parece até um pouco perdido no papel. Agora Mia Wasikowska é triste! Por algumas vezes eu pensei estar assistindo ao filme Alice no País das Maravilhas. A moça parecia deslocada e com o mesmo olhar do filme do Tim Burton, não gostei. Não é uma obra-prima, confesso que esperava um algo a mais. Vale a pena pelo visual sempre muito marcante nos filmes do mexicano. Uma curiosidade sobre o filme é que, inicialmente, Benedict Cumberbatch e Emma Stone tinham sido escalados para os papéis principais da trama.

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